Menos Blablabla

04/02/2017 07:34

Menos blábláblá

1.   Crie intertítulos

Sabe quando você quer aprofundar seu conhecimento sobre algum assunto, vai ao Google e encontra um texto estilo “blocão”? Como não existem subdivisões, a impressão que se tem é de que se trata de um texto de leitura árida e tediosa. Por mais que o assunto seja de seu interesse, o risco de você desistir e renunciar à leitura é grande.

Nesse sentido, intertítulos nada mais são do que seções/subseções, formando diferentes blocos de texto, naturais desdobramentos do conteúdo que o título geral promete. Lembre-se de que intertítulos constituem ferramenta extremamente valiosa para textos longos – em especial os de natureza técnica –, imprimindo maior organização, clareza e leveza ao todo, além de melhor visualização e compreensão da mensagem.

Todos se ressentem da absoluta falta de tempo, a matéria-prima mais escassa do mercado, razão pela qual conteúdos de leitura fácil e rápida serão apreciados pelo leitor. Um texto “fragmentado” em intertítulos possibilita “escanear” o que vai ser lido. Não é demais ressaltar que a separação do assunto em diferentes seções, além de facilitar a vida do leitor, possibilita que a leitura se torne mais direcionada.

Títulos são a lanterna da memória. Suponha que sua leitura seja interrompida por um motivo qualquer. Se o texto for longo e sem subdivisões, provavelmente você demorará a se encontrar na leitura – e ficará tentado a ler apenas o último parágrafo (O pecado mortal, a última coisa que o autor quer que aconteça). Graças aos intertítulos, a leitura poderá ser retomada sem dificuldade, pois ficará bem mais fácil ao leitor saber onde parou.

Vale a pena ressaltar que o intertítulo constitui a promessa de que o conteúdo do texto que se segue corresponde àquilo que foi enunciado. Se você divagar, tergiversar, o leitor se sentirá frustrado em suas expectativas. fazendo com que seu conteúdo não passe credibilidade – e você fique “queimado” no mercado.

Claro que todos os intertítulos devem estar relacionados com o título maior do texto! Se o título de sua nota técnica for “Cinco dúvidas sobre o acréscimo de 25% na aposentadoria”, cada tópico deve restringir-se a analisar uma dessas dúvidas. Se seu parecer é divergente por três motivos, supõe-se que cada seção seja direcionada à explicitação de um desses motivos. Além de imprimir maior coerência ao todo, o procedimento revela autoridade e segurança.

Por fim, intertítulos devem ser específicos. Intertítulo vago demais não ajuda em nada – e você acaba sendo solenemente ignorado. Ao final de cada bloco de texto, crie um parágrafo que resuma o que já foi dito. Ou então dê orientações claras, capazes de ser transformadas em ações práticas. Caixas de texto podem ser o espeço adequado para fazê-lo. A conferir:

Versão original (sem intertítulos)

O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação. Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros. Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos. Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa. A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento.  Mas há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.

Versão editada (com intertítulos)

Inovação: interação entre múltiplos atores

O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação.

 

Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros.

 

Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos.

 

Importância da relação universidade/empresa

Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa.

 

A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento. 

 

Há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.

 

 Menos blábláblá
1. Crie intertítulos
Sabe quando você quer aprofundar seu conhecimento sobre algum assunto, vai ao Google e encontra um texto estilo “blocão”? Como não existem subdivisões, a impressão que se tem é de que se trata de um texto de leitura árida e tediosa. Por mais que o assunto seja de seu interesse, o risco de você desistir e renunciar à leitura é grande.
Nesse sentido, intertítulos nada mais são do que seções/subseções, formando diferentes blocos de texto, naturais desdobramentos do conteúdo que o título geral promete. Lembre-se de que intertítulos constituem ferramenta extremamente valiosa para textos longos – em especial os de natureza técnica –, imprimindo maior organização, clareza e leveza ao todo, além de melhor visualização e compreensão da mensagem.
Todos se ressentem da absoluta falta de tempo, a matéria-prima mais escassa do mercado, razão pela qual conteúdos de leitura fácil e rápida serão apreciados pelo leitor. Um texto “fragmentado” em intertítulos possibilita “escanear” o que vai ser lido. Não é demais ressaltar que a separação do assunto em diferentes seções, além de facilitar a vida do leitor, possibilita que a leitura se torne mais direcionada.
Títulos são a lanterna da memória. Suponha que sua leitura seja interrompida por um motivo qualquer. Se o texto for longo e sem subdivisões, provavelmente você demorará a se encontrar na leitura – e ficará tentado a ler apenas o último parágrafo (O pecado mortal, a última coisa que o autor quer que aconteça). Graças aos intertítulos, a leitura poderá ser retomada sem dificuldade, pois ficará bem mais fácil ao leitor saber onde parou. Vale a pena ressaltar que o intertítulo constitui a promessa de que o conteúdo do texto que se segue corresponde àquilo que foi enunciado. Se você divagar, tergiversar, o leitor se sentirá frustrado em suas expectativas. fazendo com que seu conteúdo não passe credibilidade – e você fique “queimado” no mercado.
Claro que todos os intertítulos devem estar relacionados com o título maior do texto! Se o título de sua nota técnica for “Cinco dúvidas sobre o acréscimo de 25% na aposentadoria”, cada tópico deve restringir-se a analisar uma dessas dúvidas. Se seu parecer é divergente por três motivos, supõe-se que cada seção seja direcionada à explicitação de um desses motivos. Além de imprimir maior coerência ao todo, o procedimento revela autoridade e segurança.
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Por fim, intertítulos devem ser específicos. Intertítulo vago demais não ajuda em nada – e você acaba sendo solenemente ignorado. Ao final de cada bloco de texto, crie um parágrafo que resuma o que já foi dito. Ou então dê orientações claras, capazes de ser transformadas em ações práticas. Caixas de texto podem ser o espeço adequado para fazê-lo. A conferir:
Versão original (sem intertítulos)
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação. Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros. Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos. Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa. A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento. Mas há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.
Versão editada (com intertítulos)
Inovação: interação entre múltiplos atores
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação.
Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros.
Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos.
Importância da relação universidade/empresa
Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa.
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A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento.
Há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.Menos blábláblá
1. Crie intertítulos
Sabe quando você quer aprofundar seu conhecimento sobre algum assunto, vai ao Google e encontra um texto estilo “blocão”? Como não existem subdivisões, a impressão que se tem é de que se trata de um texto de leitura árida e tediosa. Por mais que o assunto seja de seu interesse, o risco de você desistir e renunciar à leitura é grande.
Nesse sentido, intertítulos nada mais são do que seções/subseções, formando diferentes blocos de texto, naturais desdobramentos do conteúdo que o título geral promete. Lembre-se de que intertítulos constituem ferramenta extremamente valiosa para textos longos – em especial os de natureza técnica –, imprimindo maior organização, clareza e leveza ao todo, além de melhor visualização e compreensão da mensagem.
Todos se ressentem da absoluta falta de tempo, a matéria-prima mais escassa do mercado, razão pela qual conteúdos de leitura fácil e rápida serão apreciados pelo leitor. Um texto “fragmentado” em intertítulos possibilita “escanear” o que vai ser lido. Não é demais ressaltar que a separação do assunto em diferentes seções, além de facilitar a vida do leitor, possibilita que a leitura se torne mais direcionada.
Títulos são a lanterna da memória. Suponha que sua leitura seja interrompida por um motivo qualquer. Se o texto for longo e sem subdivisões, provavelmente você demorará a se encontrar na leitura – e ficará tentado a ler apenas o último parágrafo (O pecado mortal, a última coisa que o autor quer que aconteça). Graças aos intertítulos, a leitura poderá ser retomada sem dificuldade, pois ficará bem mais fácil ao leitor saber onde parou. Vale a pena ressaltar que o intertítulo constitui a promessa de que o conteúdo do texto que se segue corresponde àquilo que foi enunciado. Se você divagar, tergiversar, o leitor se sentirá frustrado em suas expectativas. fazendo com que seu conteúdo não passe credibilidade – e você fique “queimado” no mercado.
Claro que todos os intertítulos devem estar relacionados com o título maior do texto! Se o título de sua nota técnica for “Cinco dúvidas sobre o acréscimo de 25% na aposentadoria”, cada tópico deve restringir-se a analisar uma dessas dúvidas. Se seu parecer é divergente por três motivos, supõe-se que cada seção seja direcionada à explicitação de um desses motivos. Além de imprimir maior coerência ao todo, o procedimento revela autoridade e segurança.
2
Por fim, intertítulos devem ser específicos. Intertítulo vago demais não ajuda em nada – e você acaba sendo solenemente ignorado. Ao final de cada bloco de texto, crie um parágrafo que resuma o que já foi dito. Ou então dê orientações claras, capazes de ser transformadas em ações práticas. Caixas de texto podem ser o espeço adequado para fazê-lo. A conferir:
Versão original (sem intertítulos)
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação. Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros. Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos. Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa. A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento. Mas há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.
Versão editada (com intertítulos)
Inovação: interação entre múltiplos atores
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação.
Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros.
Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos.
Importância da relação universidade/empresa
Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa.
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A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento.
Há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.Menos blábláblá
1. Crie intertítulos
Sabe quando você quer aprofundar seu conhecimento sobre algum assunto, vai ao Google e encontra um texto estilo “blocão”? Como não existem subdivisões, a impressão que se tem é de que se trata de um texto de leitura árida e tediosa. Por mais que o assunto seja de seu interesse, o risco de você desistir e renunciar à leitura é grande.
Nesse sentido, intertítulos nada mais são do que seções/subseções, formando diferentes blocos de texto, naturais desdobramentos do conteúdo que o título geral promete. Lembre-se de que intertítulos constituem ferramenta extremamente valiosa para textos longos – em especial os de natureza técnica –, imprimindo maior organização, clareza e leveza ao todo, além de melhor visualização e compreensão da mensagem.
Todos se ressentem da absoluta falta de tempo, a matéria-prima mais escassa do mercado, razão pela qual conteúdos de leitura fácil e rápida serão apreciados pelo leitor. Um texto “fragmentado” em intertítulos possibilita “escanear” o que vai ser lido. Não é demais ressaltar que a separação do assunto em diferentes seções, além de facilitar a vida do leitor, possibilita que a leitura se torne mais direcionada.
Títulos são a lanterna da memória. Suponha que sua leitura seja interrompida por um motivo qualquer. Se o texto for longo e sem subdivisões, provavelmente você demorará a se encontrar na leitura – e ficará tentado a ler apenas o último parágrafo (O pecado mortal, a última coisa que o autor quer que aconteça). Graças aos intertítulos, a leitura poderá ser retomada sem dificuldade, pois ficará bem mais fácil ao leitor saber onde parou. Vale a pena ressaltar que o intertítulo constitui a promessa de que o conteúdo do texto que se segue corresponde àquilo que foi enunciado. Se você divagar, tergiversar, o leitor se sentirá frustrado em suas expectativas. fazendo com que seu conteúdo não passe credibilidade – e você fique “queimado” no mercado.
Claro que todos os intertítulos devem estar relacionados com o título maior do texto! Se o título de sua nota técnica for “Cinco dúvidas sobre o acréscimo de 25% na aposentadoria”, cada tópico deve restringir-se a analisar uma dessas dúvidas. Se seu parecer é divergente por três motivos, supõe-se que cada seção seja direcionada à explicitação de um desses motivos. Além de imprimir maior coerência ao todo, o procedimento revela autoridade e segurança.
2
Por fim, intertítulos devem ser específicos. Intertítulo vago demais não ajuda em nada – e você acaba sendo solenemente ignorado. Ao final de cada bloco de texto, crie um parágrafo que resuma o que já foi dito. Ou então dê orientações claras, capazes de ser transformadas em ações práticas. Caixas de texto podem ser o espeço adequado para fazê-lo. A conferir:
Versão original (sem intertítulos)
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação. Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros. Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos. Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa. A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento. Mas há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.
Versão editada (com intertítulos)
Inovação: interação entre múltiplos atores
O fato de a inovação exigir a interação entre múltiplos atores é bem conhecido, tanto no dia a dia das empresas, como no campo das teorias sobre inovação.
Quando se enumeram as fontes de informação ou as parcerias que levam à inovação, sempre são lembrados, por exemplo, o mercado e as tendências do consumidor; os competidores; as diversas formas de regulação pública (normas técnicas, boas práticas, qualidade, etc.); e os inúmeros prestadores de serviços técnicos e tecnológicos – como laboratórios de ensaios e calibração, entre outros.
Tudo isso somado à própria cadeia de fornecedores e seu papel decisivo no desenvolvimento de novas soluções para produtos ou processos.
Importância da relação universidade/empresa
Mas nenhuma dessas interações chama tanto a atenção quanto a relação universidade-empresa, entendida aqui num sentido amplo, que engloba não apenas as universidades, como também as demais instituições de pesquisa.
3
A atenção diferenciada para esse tipo de interação tem suas razões. A primeira decorre do crescente conteúdo de ciência, embutido em quase todas as inovações tecnológicas – especialmente as mais disruptivas – fato que privilegia a relação com as principais fontes de conhecimento.
Há uma segunda razão também relevante: diferentemente das demais relações, a interface universidade-empresa é cheia de nuances e suscita distintas interpretações. O sentimento comum é de que, invariavelmente, essa interação é fraca e deveria, portanto, ser estimulada.